Para aderir à campanha do Outubro Rosa, o hospital Hélio Angotti realizou uma ação inédita de 24 horas de cirurgias de reconstrução e simetrização das mamas com micropigmentação paramédica para desenho de mamilo e auréola. Foram atendidas 20 mulheres que venceram a luta contra o câncer de mama e que possuíam um estado de saúde favorável para realizar os procedimentos, totalizando 40 procedimentos, dentre eles 37 cirurgias de reconstrução e 3 micropgmentações.

A ação, que faz parte do projeto “A Flor da Pele”, contou com uma equipe multidisciplinar de profissionais como Nutricionista, Psicólogo, Fisioterapeuta e Clínico Geral, que realizaram a preparação das pacientes antes cirurgias, como exames, dietas e exercícios e terapia.

Além da equipe médica do hospital, 12 médicos trabalharam como voluntários – alguns deles vindos de outros estados do Brasil. O mutirão contou, também, com a participação de voluntários para auxiliar neste movimento que impulsionou o resgate da autoestima de pacientes e ex-pacientes. Mais de 50 pessoas foram mobilizadas para a realização dos procedimentos cirúrgicos.

O projeto idealizado pelo coordenador da Residência Médica em Mastologia e médico responsável pela Oncologia Ginecológica do Hospital Hélio Angotti, Cléber Sérgio e pela mastologista, Ana Carolina Crozera Pinseta, ganhou repercussão nacional e emocionou a todos que acompanharam as notícias.

Para Cleber Sérgio, a emoção tomou conta das ações. De acordo com ele, “celebramos um tempo de amor e esperança. Muito mais que procedimentos cirúrgicos, esta ação de solidariedade, união de forças e trabalho em equipe possibilitou devolver a autoestima à essas 20 mulheres, que agora poderão retomar atividades comuns, se sentindo bem com elas mesmas em todos os aspectos, como colocar um vestido, por exemplo”, conclui.

Para o presidente e mastologista do Hélio Angotti, Délcio Scandiuzzi, o hospital acredita no empoderamento da mulher como aliado na luta contra a doença. “A retirada mama significa muito, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico para a mulher, por isso a sua reconstrução é importante para que a paciente recupere a autoestima, auxiliando o restabelecimento do equilíbrio emocional após o tratamento de câncer”.

De acordo com a dermopigmentadora Cynthia Andrade, é possível realizar a micropgmentação paramédica para desenho do mamilo e auréola em 3D em pacientes que já se curaram do câncer e realizaram a reconstrução mamária, através de autorização do médico. “Como estágio final da reconstrução mamária, a reconstrução do complexo aréolo-mamilar e a dermopigmentação ajudam a alcançar um resultado estético natural e simétrico”, finaliza.

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Fotos de Ari Morais.