INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE PULMÃO VEM CAINDO EM HOMENS

No dia Mundial de Luta Contra o Câncer, lembrado em 08 de abril, segundo calendário do Ministério da Saúde, o Hospital Hélio Angotti traz informações sobre o tipo mais comum de tumor maligno e a principal causa de morte por câncer entre homens e mulheres (excetuando-se o câncer de pele não melanoma): o câncer de pulmão.

Segundo o cirurgião oncológico, Guilherme Carrara, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) do ano de 2018, estimavam pouco mais de 2 milhões de novos casos de câncer de pulmão no mundo, com aproximadamente 1,7 milhões de mortes estimadas no mesmo período. Para o Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 é de quase 18 mil novos casos (17.760) da doença em homens e pouco mais de 12 mil (12.440) em mulheres. “Esses valores correspondem a um risco estimado de 16,99 casos novos a cada 100 mil homens e 11,56 para cada 100 mil mulheres”, resume Carrara.

O cirurgião destaca ainda uma notícia positiva em meio a dados tão alarmantes: o declínio na incidência para esse câncer nos homens, ao contrário do que vem sendo observado com relação às taxas de incidência nas mulheres. Para ele, “essa diferença é reflexo dos padrões de adesão e cessação do tabagismo (ainda o maior fator de risco para este tipo de tumor – mais de 80% das mortes por câncer de pulmão são causadas pelo fumo e pela exposição ao fumo passivo.)”.

Quando falamos de faixa etária, o câncer de pulmão acomete, principalmente, pessoas mais velhas, sendo a idade média de diagnóstico em torno dos 70 anos. Apenas 2% dos casos são registrados em pessoas com menos de 45 anos. “Importante dizer ainda que existem dois tipos principais de câncer de pulmão: pequenas células e não pequenas células, o mais comum, respondendo por 85% dos casos. E cada um tem prognósticos e tratamentos distintos entre si”, explica ele.

Como a maioria dos cânceres de pulmão em geral não provoca sintomas nas fases iniciais o diagnóstico pode surgir quando a pessoa realiza outros exames, como para doenças cardíacas, pneumonias e outros problemas pulmonares. “Mas, a maioria dos casos acaba sendo diagnosticada em fases avançadas quando já há sintomas como tosse com expectoração mucosa ou sangue, dor no peito, rouquidão, perda de apetite e de peso, falta de ar, fadiga, sangramento pelas vias respiratórias, infecções e ocorrência repetida de pneumonia. Quando há metástase para outros órgãos, podem surgir dor óssea, alterações no sistema nervoso, icterícia e nódulos próximos à superfície do corpo”, afirmou o cirurgião.

Para finalizar, Guilherme Carrara destaca que as principais opções de tratamento para o câncer de pulmão são cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia alvo, de acordo com o estágio da doença e as condições do paciente. “Em muitos casos, esses tratamentos são utilizados de forma combinada para atingir os melhores resultados e trabalhamos com todas elas aqui no Hospital Hélio Angotti. E não podemos deixar de dizer que evitar o tabagismo ainda é a maior prevenção, já que o hábito de fumar ainda está relacionado à grande maioria dos casos e das mortes, por câncer de pulmão”.

REGISTRO DE CÂNCER DE PULMÃO NO HÉLIO ANGOTTI*

2019 – 48 novos casos

2018 – 62 novos casos

2017 – 48 novos casos

*Fonte: Registro Hospitalar de Câncer (RHC)