Os parceiros não-governamentais do Hospital Dr. Hélio Angotti receberam nessa quarta-feira (07/04) uma prestação de contas da aplicação dos recursos recebidos pelo hospital durante o segundo semestre de 2009, ou seja, os primeiros seis meses da atual gestão.
Do encontro (foto), realizado na sede do hospital, às 18h30 e coordenado pelo presidente Délcio Scandiuzzi, participaram Jônadan Ma (presidente do Instituto Boa Fé/INBF), Zuleica Acedo Lyrio (presidente da Associação dos Voluntários de Combate ao Câncer) e Marco Túlio Paolinelli (representante do Instituto Agronelli de Desenvolvimento Social).
Délcio aproveitou o encontro para mostrar a realidade do Hospital Hélio Angotti, após medidas austeras de gestão, com contenção de despesas e a definição de metas estabelecidas pelo Comitê Gestor, criado pela diretoria atual.
O presidente demonstrou a sua preocupação com os próximos meses. Isso porque o hospital já recebeu a quarta parcela de um total de seis, no valor de R$ 600 mil, destinadas pelo governo federal, por intermédio do Ministério da Saúde. A destinação federal vai totalizar R$ 3 milhões e 600 mil. Esses recursos estão sendo destinados à compra de medicamentos e custeio da folha de pagamento (incluindo médicos).
“Sem esses recursos o hospital não sobreviveria, pois quando nós assumimos encontramos um déficit mensal girando em torno de R$ 600 mil. Agora, nossa preocupação é buscar a continuidade desses recursos para podermos ter fôlego para honrar os compromissos com nossos credores e continuarmos nosso projeto de expansão do hospital”, afirma Délcio Scandiuzzi.
É importante lembrar, acrescentou Délcio, que esse déficit diz respeito apenas ao funcionamento do hospital, ou seja, o atendimento aos pacientes que chegam diariamente. Hoje o Hospital Hélio Angotti atende cerca de 1.000 pacientes de Uberaba e região. São 4.600 procedimentos todo mês e 91% dos pacientes são atendidos pelo Sistema Único de Saúde.
Passivo
Além do déficit, há um passivo (dívida) administrado pelos gestores do Hélio Angotti, cujo montante está sendo alvo de auditoria e será divulgado em breve, num balanço público a ser feito pela diretoria.
O passivo corresponde a débitos com fornecedores de medicamentos e materiais, Cemig, Receita federal e FGTS. “Uma parte boa deste passivo está em fase de consolidação de valores e alguns já em fase de pagamento parcelado, de forma a não comprometer o funcionamento do hospital”, explicou aos parceiros o gestor José Carlos Almeida.
Outro participante da reunião foi o controlador do hospital, Ivandir Sebastião Ribeiro. Responsável pela negociação com credores do Hélio Angotti ele fez todos os demonstrativos de investimentos com os recursos federais e estaduais, incluindo verba de R$ 480 mil do Governo do Estado, investidos integralmente na compra de medicamentos. Detalhes em Prestação de Contas.
Esclarecimento
O encontro com as Organizações Não-Governamentais (ONGs parceiras) foi muito importante para que seus representantes pudessem compreender melhor a realidade do hospital.
“Nós nunca tivemos um tratamento tão atencioso por parte do Hospital, nesses anos todos. Nós estamos muito gratos por essa prestação de contas”, afirmou Zuleica Acedo, presidente da AVCCU, entidade parceira do hospital desde a fundação dela em 1998.
Jônadan Ma, presidente do INBF, considerou importante o encontro para “esclarecer à comunidade a impressão equivocada de algumas pessoas, achando que o Hospital está nadando de braçada nos recursos destinados pelo governo”.
Na reunião ficou clara a incerteza sobre como vão chegar ao hospital recursos como, por exemplo, o anunciado pelo governador Aécio Neves, no último dia 12 de março, no valor de R$ 1 milhão.
Além de agradecer ao convite para a prestação de contas no hospital, Jônadan aproveitou para reforçar a necessidade de maior interatividade entre as ONGs. Ele sugeriu que a Assessoria de Comunicação do hospital faça a interface, permitindo que os eventos de cada ONG em favor do Hélio Angotti não aconteçam em datas conflitantes e possa haver a cooperação dos integrantes, de forma interativa.
“Eu quero participar de atividades da AVCCU e do Instituto Agronelli, assim como vamos nos sentir honrados em tê-los nos nossos eventos”, completou Jônadan.
Marco Túlio Paolinelli, do Instituto Agronelli, ressaltou que “o Hospital Hélio Angotti vive uma corrente de apoio, respeito e solidariedade na nossa sociedade que não podemos deixar morrer, e não vamos deixar morrer”.
O empresário decidiu, no encontro, abrir mão do percentual de 10% na venda do DVD “Natureza em Sinfonia”. Pelo convênio inicial, 90% da venda serão destinados ao Hospital Dr. Hélio Angotti. Nos próximos dias, o Instituto vai destinar a primeira remessa de recursos conseguidos com venda do DVD.
Jornalista Paulo Ferreira – Assessoria de Imprensa
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