A pandemia do Novo Coronavírus trouxe de volta a importância de um hábito que, infelizmente, não fazia parte da rotina de grande parte da população: o ato de lavar as mãos com frequência. Nossas mãos estão em constante contato com agentes de contaminação e, lavá-las sempre, previne não apenas a Covid-19, mas inúmeras doenças.

Segundo o médico infectologista, Vítor Maluf, que é o presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e do Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (SCIRAS) do Hospital Hélio Angotti, existe ainda muita resistência ao ato de higienização das mãos. “Mas podemos dizer com toda certeza que, isoladamente, esta seria a principal forma de se prevenir e diminuir a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde.

Vitor Maluf cita o Dr. Drauzio Varella ao dizer que “se todo mundo lavar as mãos mais vezes, antes e depois de manipular o paciente, antes de chegar ao hospital, antes de comer, depois de realizar qualquer procedimento, a gente eliminaria muitas infecções relacionadas à saúde”. “Nós, controladores de infecção, se tivéssemos que eleger uma medida na prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde, higienização das mãos seria a mais importante, tanto pra nós, dentro dos hospitais, quanto para a comunidade em geral”, reforça o infectologista.

Sabe-se que há casos onde a higienização acaba prejudicada, como por exemplo, quando estamos na rua. Aí entra o papel do nosso companheiro em tempos de pandemia o álcool em gel. “Não importa se será com água e sabão, ou com álcool em gel. O importante é as pessoas se conscientizarem da importância de estar com as mãos bem limpas, mesmo depois que esta pandemia passar”, finaliza.

MAIS SOBRE O DIA MUNDIAL DE LAVAGEM DAS MÃOS

O Dia Mundial de Lavagem as Mãos, lembrado em 15 de outubro, foi criado pela Global Handwashing Partnership, uma coalização de entidades públicas e empresas privadas. Fazem parte da coalizão as fabricantes de produtos de higiene P&G, Unilever e Colgate-Palmolive, a Unicef e o Banco Mundial, entre outras organizações. De acordo com a Unicef, cerca de 3,5 milhões de crianças morrem a cada ano por complicações decorrentes de diarreia e infecções respiratórias agudas. Esse número poderia ser reduzido em 25% a 50% com a prática regular de lavar as mãos com água e sabão.