Em tempos de pandemia eles estão sempre nos noticiários, como fontes inesgotáveis de conhecimento a respeito da Covid-19 mas, mesmo antes deste momento que vivemos, os infectologistas sempre tiveram um papel fundamental na prevenção, diagnóstico e tratamento dos processos infecciosos.
No Dia do Infectologista, celebrado em 11 de abril, o Hospital Hélio Angotti ouviu o médico infectologista responsável pelo nosso Serviço de Controle de Infecções Hospitalares – SCIH, Vitor Maluf, a respeito da atuação deste profissional em uma instituição oncológica.
Confira este bate papo:
HHA – Dr. Vitor, vimos aí, durante a pandemia, um protagonismo ainda maior dos infectologistas. Trazendo para a nossa realidade de atendimento a pacientes oncológicos, quais tem sido os principais desafios enfrentados? E o que mudou na rotina de trabalho por conta da Covid-19?
Vitor Maluf – O grande desafio em relação a pacientes oncológicos é prestar o atendimento que eles precisam, pois não podem esperar a pandemia acabar e preservá-los de se contaminar, pois são pacientes imunossuprimidos, fazem parte do grupo de risco, com uma chance maior de desenvolver doenças graves provocadas pelo Coronavírus.
HHA – Como tem sido a atuação do infectologista e demais integrantes do SCIH dentro do Hélio Angotti?
Vitor Maluf – De muita conscientização e atuação rápida. Ou seja: pessoas que apresentem sintomas são rapidamente afastadas para que façam a testagem e evitem o risco de contaminação. E temos cumprido este papel, pois várias instituições registraram surtos da Covid-19 e nós conseguimos manter tudo dentro de um controle.
HHA – O atendimento aos pacientes oncológico é multidisciplinar. Como o infecto atua junto aos oncologistas, por exemplo?
Vitor Maluf – O nosso maior papel junto aos outros profissionais é quando o paciente desenvolve quadros de neutropenia, ou seja, a imunidade dele baixa por conta da quimioterapia, e ele se torna mais propenso a desenvolver quadros infecciosos. Nós atuamos juntos na prevenção e no tratamento.
HHA – Começamos falando do protagonismo dos infectologistas neste período de pandemia, mas sabemos que este papel vai muito além. Qual a importância destes especialistas para a população, no geral?
Vitor Maluf – O infectologista tem sua importância na prevenção, diagnóstico e tratamento de processos infecciosos. Sempre tivemos esta importância, atuando nas grandes epidemias que já existiram e ainda existem, como o Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV, doenças tropicais como a malária e outras doenças seculares como a tuberculose. E um grande inimigo que são as infecções hospitalares.
ORIGEM DO DIA DO MÉDICO INFECTOLOGISTA
A comemoração foi instituída em 2005 pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), que escolheu essa data porque 11 de abril é o dia do nascimento de Emílio Ribas, um dos pioneiros da área no Brasil.