Dia 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco. Segundo a Organização Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde, o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, 200 mil apenas no Brasil. Estudos científicos publicados este ano mostram que os fumantes têm maior risco de desenvolver doença grave e morte por COVID-19 do que não-fumantes. Mas, o mesmo estudo, revela que a pandemia de COVID-19 levou milhões de usuários de tabaco a quererem largar o cigarro.

Aproveitando a data, profissionais do Hospital Hélio Angotti endossam o apelo das maiores entidades ligadas à saúde no mundo e explicam os motivos pelos quais não fumar ou abandonar o vício de fumar, melhora a vida da pessoa e de quem está ao redor dela. O presidente do hospital, médico mastologista Delcio Scandiuzzi, explica que uma das causas mais conhecidas e evitáveis das doenças oncológicas é o tabaco. “Quase 30% dos casos de câncer são ocasionados pelos maus hábitos de vida, como o tabagismo. E os tumores decorrentes dessa prática são sempre mais graves e de difícil tratamento. A gente não nasceu fumando. Se você nunca fumou, não fume. Se já fumou, vamos parar agora, porque o benefício é muito grande”, afirma Scandiuzzi.

O oncologista Raul Dutra destaca que “não é apenas o câncer que está em jogo quando a gente fala do hábito de fumar. “Esta data é importante para conscientizar que o cigarro provoca mortes por câncer sim, mas também temos outras doenças, como as pulmonares (como DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e as doenças cardiovasculares. Fica o alerta, parem de fumar!”.

O mastologista Cleber Sérgio, por sua vez, lembra que “são diversas as doenças oncológicas ligadas ao tabaco, como os cânceres de pulmão, esôfago, intestino, mama, bexiga, entre outros. Por amor à vida, a você e à sua família, não fume”, alerta o médico.

Existem ainda os aspectos psicológicos que envolvem o (mau) hábito de fumar. A psicóloga hospitalar do Hélio Angotti, Iandra Di Vito, esclarece que de acordo com estudos, cerca de 70% dos fumantes querem parar de fumar, mas poucos conseguem ter sucesso. “Sabemos que existem fatores como depressão, ansiedade, alcoolismo, que possuem relação com o tabagismo, dificultando ainda mais o abandono do vício. E é preciso ressaltar que o papel da família, apoiando, oferecendo suporte e compreensão, é de suma importância para ajudar a pessoa na decisão de parar de fumar”, explica Iandra.

Ainda para marcar a data, a equipe de Fisioterapeutas do Hélio Angotti realizou a distribuição de panfletos entre pacientes e acompanhantes, listando os benefícios para o organismo quando a pessoa para de fumar e dicas de exercícios respiratórios que podem ajudar a prevenir as complicações da Covid-19. “Pouca gente se atenta ao fato de que podemos fortalecer nosso sistema respiratório com alguns exercícios simples. Mas, assim como os demais especialistas, o nosso recado é para a pessoa não fumar”, explica a fisioterapeuta Responsável Técnica, Roberta Moraes.