HÉLIO ANGOTTI ABRE PROGRAMAÇÃO DO OUTUBRO ROSA COM PRESENÇA DE ESCRITORA

HÉLIO ANGOTTI ABRE PROGRAMAÇÃO DO OUTUBRO ROSA COM PRESENÇA DE ESCRITORA

A manhã desta segunda-feira, 04, foi marcada pelo alerta da importância da prevenção ao câncer de mama e um emocionante relato da escritora Moline Severino Lemos, que esteve no Hospital Hélio Angotti para falar da vivência como paciente e do seu livro “Câncer e seus presentes”.

A abertura do Outubro Rosa da instituição que é referência oncológica na região, ficou a cargo do médico mastologista, Dr. Cléber Sérgio, que falou a colaboradores, pacientes e acompanhantes em nome do presidente do Hélio Angotti, Dr. Delcio Scandiuzzi, que não pode estar presente. O médico destacou a importância da campanha e citou as dificuldades que várias instituições Brasil afora enfrentam para o atendimento dos seus pacientes. “Há coisas que dependem de orçamento e não conseguimos fazer. Mas o que a gente consegue fazer é a nossa vocação, é o atendimento humanizado, diferenciado, o acolhimento, porque faz parte do tratamento a qualidade do acolhimento, como essa paciente é recebida, tratada, olhada, cuidada. Nossa virtude no Hélio Angotti é o cuidado, é o amor”, ressaltou.

Cleber disse ainda que todos precisam se unir em prol do incentivo à realização de exames preventivos. “Vamos diagnosticar o mais precocemente possível, para poder tratar, para ter sucesso na cura. E nós desse hospital, estamos de portas abertas para prestar este atendimento, esta assistência, lutar pela vida”, destacou.

O especialista trouxe também informações do projeto “À Flor da Pele” que tem como objetivo oferecer reconstrução mamária à mulheres que passaram por mastectomia pelo Sistema Único de Saúde. Por conta da pandemia, as ações do ano passado tiveram que ser adiadas e 30 das 50 mulheres selecionadas ainda aguardam a cirurgia. Dez delas serão operadas durante todo este mês e as outras vinte passarão pelo procedimento nos dias 22 e 23 deste mês, em regime de mutirão.

Na sequência, foi a vez de Moline Lemos falar sobre a experiência dela durante o tratamento do câncer. “A gente se transforma, não se reconhece no espelho, perde autoestima, ganha uns quilos, o humor varia, é bem complexo”, contou ela. A biomédica que se tornou escritora durante o tratamento, ressaltou que este não é um momento para ser vivido sozinho. “Precisamos dar a mão para alguém, com ajuda é muito mais fácil vencermos a doença”.

Sobre o livro “Câncer e seus presentes”, ela afirmou que ele “aconteceu”, não foi planejado. “Ao longo do tratamento eu escrevia muito para mim mesma, era quase uma terapia. E meu noivo perguntou por que eu não publicaria, que isso poderia ajudar outras pessoas”. No livro, Moline fala dos próprios sentimentos durante o tratamento e dos presentes que ganhou. “Muita gente pergunta que presentes são esses. E eu destaco alguns aqui pra vocês: amor à vida – eu hoje valorizo cada detalhe da minha vida; fé – o câncer me ensinou a me colocar no colo de Deus e as amizades que se constroem ao longo do tratamento”.

Para finalizar o momento, a escritora deixou a mensagem que acreditar na cura e fazer todo o processo que os médicos recomendam é crucial para ter sucesso. “O diagnóstico do câncer de mama é o pior momento, mas hoje eu sou uma pessoa melhor”, finalizou.

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