Como encerramento do “Agosto Lilás” – mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, o GTH – Grupo de Trabalho Humanizado do Hospital Hélio Angotti convidou a gerente do CIM – Centro Integrado da Mulher, Juciara Moura Limírio, para trazer informações sobre o trabalho desenvolvido, não apenas na cidade, mas no Brasil, para diminuir as tristes estatísticas que envolvem as mulheres.

Juciara falou sobre as principais motivações apresentadas pelos agressores, o perfil de quem agride e como cada um pode fazer sua parte, denunciando. “Cada vez que a gente recua, os agressores dão dois passos na frente. Não podemos perpetuar aquela fala de que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, disse.

Entre os principais desafios encontrados no dia a dia de atendimentos às vítimas, a gerente do CIM ressaltou que é o silêncio das mulheres que ainda se sentem frágeis diante do cenário de violência. E trouxe aos presentes os cinco tipos de violência que existem. São eles: física, moral, psicológica, patrimonial e sexual. “Hoje já falamos da violência simbólica, aquela que se apresenta assim ‘ele não é um bom marido, mas é um bom pai’. Gente, se não é um bom marido, não tem como ser um bom pai!”, exclamou.

Além de detalhar o trabalho realizado na cidade, Juciara reafirmou os principais canais que podem e devem ser usados para denúncias, como o telefone 188, onde o denunciante pode ficar anônimo. E finalizou dizendo que “o mundo está em movimento, o Direito está em movimento, mas a mulher não deve se sentir culpada da situação. Ela deve saber que há meios de colocar um fim numa situação de violência que, infelizmente, tem seu ápice no feminicídio”.