Nessa segunda-feira, 6, foi realizada a abertura simbólica do Novembro Azul no Hospital Hélio Angotti, em Uberaba. Estiveram presentes colaboradores, pacientes e acompanhantes, além dos médicos urologistas Vítor Cobo e Solon Quintão, integrantes do corpo clínico do hospital. Entre os anos de 2018 a 2021, a instituição registrou 645 novos casos de câncer de próstata.
A campanha deste ano traz o slogan “Homem que se cuida, que se previne, que se trata, que se ama, vive mais. Não deixe o preconceito provar o contrário”. Solon Quintão afirmou que, apesar da evolução da sociedade o preconceito ainda existe e faz com que muitos pacientes demorem a buscar a assistência. “Quando eles chegam na especialidade, chegam com a doença avançada. Daí a importância de campanhas como essa. E as mulheres têm um papel fundamental aí, incentivando os homens a buscarem o médico a partir dos 45 anos, para fazerem os exames preventivos”, explicou.
Vítor Cobo destacou que, infelizmente, pacientes com mais de 60 anos, tem chegado com diagnóstico tardio, muito por conta do período de pandemia em que ficaram sem fazer os exames de PSA e toque retal. “A gente salienta que 90% dos cânceres de próstata não tem sintomas. Já em fase mais avançada, podem surgir dificuldade de urinar, jato mais fraco ou entrecortado e, em casos mais graves, de um câncer metastático, por exemplo, podem surgir dores ósseas, insuficiência renal, entre outros sintomas”, afirmou Cobo.
Os especialistas lembraram que o diagnóstico é feito a partir da biópsia da próstata. “Após este primeiro passo, usamos cintilografia, tomografia, ressonância para avaliar o status da doença. A partir dessa avaliação se decide qual tratamento que vai desde apenas o acompanhamento, em casos de classificação tumoral baixa, até casos cirúrgicos, radioterapia e hormonioterapia. A quimioterapia será uma opção somente em casos mais avançados em que o tumor ultrapassou a próstata”, ressaltou Solon.
Ambos foram categóricos ao afirmar que é preciso que os homens também fiquem atentos a outras questões de saúde, como problemas cardiovasculares, pressão arterial, diabetes, pois há casos em que o tumor está em fase inicial, mas o paciente não tem status para cirurgia por conta de outras comorbidades. Os médicos fecharam o momento com o alerta de prevenção. “O mais importante de tudo é conversar, tirar dúvidas, eliminar preconceitos. E não esperem ter sintomas para fazer os exames preventivos. Temos pacientes com mais de 20 anos de cirurgia que estão ótimos”, finalizaram.
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